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sábado, 4 de janeiro de 2014

BOA VISTA - CAPITAL DE RORAIMA




Vista Aérea de Boa Vista. Foto: Reprodução/TVRR
Roraima está localizado no extremo norte do país, tendo o Monte Caburaí como ponto mais setentrional do Brasil. Medição feita em 1985 comprovou que a grande serra, com 1.465 metros de altura, esta acima do Oiapoque. Terra repleta de simbolismos, o nome Roraima significa Corajosa Mãe dos Ventos. A capital do estado, Boa Vista, surgiu no século 19, e teve origem no pequeno povoado existente às margens do rio Branco. Na cidade, pode-se observar a perfeita geometria de suas ruas e avenidas, projetada pelo arquiteto, que se inspirou nas linhas da capital francesa.

Boa Vista capital do Estado de Roraima, única capital brasileira localizada totalmente ao norte da linha do Equador. Tem uma população de 261.000 habitantes. O município é plano em quase sua totalidade, o que favorece sua organização. Apenas 10% de suas terras possuem uma pequena inclinação.
O turismo ainda é mais frequente no interior, a cidade de Boa Vista é ponto de partida para os vários roteiros de eco turismo pela selva amazônica.
Boa Vista foi o primeiro povoamento caracteristicamente urbano de Roraima, por isso sua história confunde-se com a do estado de Roraima, fundada no século XIX, em 1830, pelo capitão Inácio Lopes de Magalhães, quando inúmeras fazendas estabeleceram-se ao longo dos rios da bacia do rio Branco.
Em 1858 a povoação foi elevada a categoria de vila, com o nome de Freguesia Nossa Senhora do Carmo, em 9 de julho de 1890 a freguesia foi elevada à categoria de sede de um novo município denominado Boa Vista do Rio Branco.
O município de Boa Vista pertencia ao extinto município amazonense de Moura, que desapareceu em 1943 quando da criação do território do Rio Branco.
Boa Vista é a capital de Estado mais setentrional do país. Está localizada há margem direita do rio Branco. É uma cidade planejada com ruas largas e disposta, no centro, em formato radial, dando a aparência de um leque.
 Distâncias Rodoviárias
Manaus: 758 km               
São Paulo: 4756 km
Brasília: 4275 km
Porto Alegre: 5348 km
Fortaleza: 6548 km
Caracas: 1.582 km
Puerto La Cruz/Ilha de Margarita: 1.330 km
Puerto Ordaz: 862 km
Santa Elena de Uairón: 220 km
Georgeown (Guiana): 641 km
Lethem: 125 km

Pontos Turísticos de BOA VISTA

Alguns dos atrativos naturais da cidade são as praias de água doce que se formam no período de seca (outubro a março), como o nível das águas do rio Branco diminui em toda a sua extensão. Há fotos dessas praias no site  www.boavista.rr.gov.br (galeria de fotos).
Boa Vista é a terceira cidade do Norte a implantar a coleta seletiva do lixo seco, sendo que as primeiras experiências piloto para implantar a coleta foram estimuladas justamente nas praias, junto aos banhistas. Nos últimos três anos, o horto municipal produziu mais de 300 mil mudas de árvores e outras plantas. Parte do plantio foi feito próximo aos cursos d'água.




PRAIA DA ÁGUA BOA

Localizada a 15 km do centro da cidade, às margens do rio Cauamé. Suas águas são límpidas. Cercadas por vegetação típica da Amazônia estão as praias do Caçari, Curupira, Polar e Cauamé, todas dotadas de infraestrutura de apoio e serviços de bares e restaurantes.




Além de ser a porta de entrada para vários pontos turísticos (Parque Nacional do Monte Roraima, Serra do Tepequém, Pedra Pintada, Monte Caburaí, Ilha de Maracá - há um resumo de cada um deles no site www.boavista.rr.gov.br /Conheça Boa Vista), a cidade possui inúmeros atrativos para o turismo. Um deles é o folclore riquíssimo. Em Boa Vista, as festas juninas com arraiais e as disputas das quadrilhas são bastante tradicionais. As pessoas se vestem com roupas típicas, apresentam suas danças com coreografia retratando as festas do interior e histórias que relatam desde a conquista das damas pelo cavalheiro até o casamento.
Sendo habitada por uma população bem miscigenada, Boa Vista possui artesanato riquíssimo, com fortes características indígenas. Os índios confeccionam peças artesanais com grande perfeição, criatividade e uma riqueza de detalhes surpreendente, tornando-as verdadeiras obras de arte. O destaque é para a cerâmica fabricada pelos índios Macuxis; os cintos de sementes de imbaúba, do povo Wai-wai; as peneiras de arumã, da tribo yanomami; os trabalhos em madeira, palha e fibra e as esculturas em pedra sabão. Também são comumente usadas no artesanato indígena: o cipó, a jacitara, escada de jabuti (tipo de cipó), o
bambu, a fibra de buriti, a fibra de abacate e açaí, o mulugu, o junco, etc. Colares e Pulseiras de sementes são confeccionados com fios de algodão cru, sementes de imbaúba-braba tingidas com urucum, mangarataia, salva do campo, crajirú ou jenipapo.


Boa Vista é uma das cidades mais lindas da região Norte. Possui ruas ajardinadas e lindas praças com infraestrutura para vários tipos de esporte. Há até mesmo quadras públicas de tênis na cidade. A população costuma praticar esportes ao ar livre, à noite, através do Projeto Academia Aberta, que é um projeto esportivo da Prefeitura que funciona nas duas principais praças, com aeróbica, step e animadas coreografias de dança.
Na culinária regional, é fácil perceber a predominância da cultura indígena, que é muito apreciada pelos turistas graças ao seu exuberante tempero. Paçoca com banana, Mugica de peixe, Damurida de Carne dianteira do boi, da caça e do peixe são alguns pratos típicos.
Nos arraiais, temos as comidas típicas como tacacá, paçoca, tapioca etc. São vários dias de festa e essa é uma boa oportunidade para o turista conhecer as tradições da região Norte. Há também apresentação de grupos folclóricos como o boi bumbá, que também existe na região.



                                                 Orla Taumanan
Às margens do rio Branco, a Orla Taumanan, no Centro Histórico da cidade, merece ser visitada. Nas duas plataformas, Meremê, que significa arco-íris na língua macuxi, e Weiquepá, ou seja, nascer do sol, bares, lanchonetes e restaurantes. Geralmente aos finais de semana, há shows de artistas locais.
Costuma-se dizer que Boa Vista vivia de costas para o rio e, após a construção da Orla, passou a admirá-lo todos os dias. 
A denominação Taumanan foi uma homenagem aos índios macuxi e significa paz.
                                                      Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo
Construção importante, a Matriz Nossa Senhora do Carmo foi a primeira igreja construída na Bacia do Rio Branco e é reconhecida como patrimônio histórico de Boa Vista. De 2005 a 2007, foi totalmente restaurada, preservando as características germânicas originais da década de 1920, quando foi reconstituída pelos padres Beneditinos, que a tornaram única em toda a região amazônica.
Durante a restauração da arquitetura, foram descobertas as pinturas originais das paredes, que contaram com o delicado trabalho de restauradores da Secretaria de Cultura do Amazonas. A edificação está localizada no Centro Histórico de Boa Vista.


                 Intendência
O edifício, localizado no Centro Histórico da cidade, é uma réplica da primeira Intendência, prédio construído em 1900 para sediar a administração, quando Roraima ainda era província do Amazonas. Devido a um incêndio, em 1958, o prédio original foi destruído.

Ela também funcionou como a primeira prefeitura e foi construída às margens do rio Branco, principal via de acesso à cidade na época.
No prédio funciona o Centro de Informações Turísticas da Prefeitura, para incentivar o desenvolvimento do turismo e valorizar a cultura e a arte regionais.

                Complexo Ayrton Senna
O Complexo Ayrton Senna conta 75 mil metros quadrados de área urbanizada e corta a parte central de Boa Vista. A área, completamente arborizada, conta com quiosques de sucos, guaranás, sorvetes, bares e restaurantes, que variam entre comidas típicas e chinesas.

Há também quadras de vôlei, campos de futebol de areia, espaços para ginástica, parques infantis, quadra de basquete e de tênis e uma quadra de futebol de salão e society. O espaço também possui pistas de cooper, bicicross e de carrinhos de kart.

Praça das Artes
A Praça das Artes também está inserida no Complexo Airton Senna. Localizada em local estratégico e bem próximo ao Centro, ela conta com lanchonetes, restaurantes, bancas que vendem artesanato local e um parque infantil.
No local é possível se deliciar com a Damurida, um prato indígena local à base de peixe, sal e pimenta.

Praça das Águas
Entre a Praça das Artes e o Velia Coutinho, a Praça das Águas conta com chafarizes. O local reúne principalmente às sextas-feiras, sábados e domingos a população da capital. É lá que está localizado o Portal do Milênio, que marcou a chegada dos anos 2000.

                      Monumento aos pioneiros
No Monumento aos Pioneiros, há elementos étnicos que formam a cultura do povo roraimense, suas tradições e costumes locais. A obra retrata a chegada das primeiras famílias ao Estado, que construíram suas casas às margens do rio Branco.

O painel possui cinco metros de altura por quinze de largura e foi esculpido em concreto e cimento pelo artista plástico roraimense Luiz Canará.
A obra está localizada na Praça Barreto Leite, que leva esse nome em homenagem ao Capitão Fábio Barreto Leite, emissário do Amazonas que deu posse às primeiras autoridades em Boa Vista.
                Monumento ao Garimpeiro
A obra, localizada na Praça do Centro Cívico, foi construída na década de 70 e homenageia uma figura importante na história de Roraima: o garimpeiro. Do início ao final do século passado, a atividade garimpeira foi intensa no Estado e contribuiu para o aumento populacional da unidade da Federação. 
O Monumento está em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, atual sede do Governo do Estado.

ILHA DE MARACÁ
A Ilha de Maracá é uma reserva biológica localizada a 100 km ao norte de Boa Vista, no município de Amajari.
Numa faixa de transição entre a selva amazônica e o cerrado, Maracá abrange cerca de 100. 000 ha de superfície com um relevo basicamente plano que apresenta algumas elevações no centro da ilha. O clima é tropical úmido, com uma estação de chuvas entre abril e setembro e temperatura média de 26° C.
Onça pintada, anta, ariranha e guariba são algumas espécies supostamente ameaçadas de extinção que vivem no local, atraindo a atenção de pesquisadores de várias partes do mundo.
A Ilha possui uma infra-estrutura que dispõe de alojamentos, laboratórios, biblioteca e refeitório para os estudiosos que fazem pesquisas no local. A visitação depende de autorização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).
Ibama: Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 1332. Boa Vista -RR
Fone: (95) 3224- 4011:
Fax: (95) 3224-4847

MONTE CABURAÍ
O ponto extremo norte do país, onde nasce o rio Ailã, impressiona pela beleza de suas corredeiras, além da fauna e flora riquíssimas. A cachoeira do Garã Garã é a mais linda de todas, com queda de 200 metros. Outro verdadeiro tesouro desta serra é uma flor que só pode ser encontrada em suas matas: a Clusia grandiflora.
O Monte Caburaí fica no município de Uiramutã, dentro do Parque Nacional do Monte Roraima. Sua altitude é de 1.465 m e faz fronteira com a República Cooperativista da Guiana. Fica a 80 km do Monte Roraima.
História
Em 1930, o Marechal Cândido Rondon organizou uma expedição ao Monte Caburaí e chegou a afirmar que se tratava do extremo norte do Brasil. Mesmo assim, aquelas terras permaneceram por muito tempo esquecidas e o Oiapoque, no Estado do Amapá, ficou sendo considerado o ponto onde começaria o Brasil. Há alguns anos, descobriu-se que o Caburaí fica ao norte exatamente 84 km a mais do que o Oiapoque.

SERRA DO TEPEQUEM
Além de uma aventura ecológica por trilhas que levam a várias cachoeiras, visitar este local é conhecer também um pouco mais de perto as modificações sofridas pela natureza ao longo dos anos, devido à iintensa exploração de diamantes. A Serra fica no município de Amajarí, a 250 km de Boa Vista.
Com 1.100 m de altura, o Tepequem tem seu topo cortado por um vale onde ficam as cachoeiras do Paiva e Sobral. É mais uma região rica em ecossistemas, onde se encontra grande quantidade de frutas, além de raízes, cascas e folhas.
Outra atração que vale a pena conferir é a cachoeira do Funil, que ganhou esse nome pelo formato que adquiriu depois que foi dinamitada pelos garimpeiros durante a perseguição pelos diamantes. Aos pés do Tepequem está o vale onde há milhares de anos existia um vulcão.
O acesso é pela rodovia BR- 174, com entrada à esquerda no km 100, seguindo pela RR-014, passando pela Vila Brasil – Município de Amajarí.


PEDRA PINTADA

Na reserva indígena São Marcos, um imponente rochedo guarda lembranças de civilizações antigas. Em suas paredes, desenhos e símbolos pintados em cor ocre e vermelha atraem a atenção de turistas, pesquisadores e arqueólogos. Analisando a tinta utilizada, foi possível comprovar que estas pinturas e inscrições devem ter sido feitas há milhares de anos. Representam figuras de animais, seres humanos, astros e outros sinais ainda indecifrados. A pedra tem 60 m de diâmetro por 40 m de altura. As pinturas ficam em três áreas: na caverna (leste), painel principal (sul) e mesa de pedra (sudoeste-oeste). Um dos principais sítios arqueológicos do Estado, a Pedra Pintada fica à margem esquerda do Rio Parimé, a 140 km ao norte de Boa Vista. O acesso é pela BR 174, sentido Venezuela.
Pratos Típicos:
• Paçoca com banana – Carne assada batida no pilão com farinha e servida com banana;
• Caldeirada de peixe – Azeite de Oliva, cheiro verde, cebola,tomate e sal, água e peixe cortado em postas;
• Galinha caipira – Cheiro verde, pimentão cortado, em pedaços pequenos, guisada ao molho pardo;
• Mugica de peixe – Peixe assado no forno com todos os temperos para peixe, desfiado, mugicado (cozido) com farinha branca e azeite;
• Picadinho de carne de sol na nata do leite com legumes - Corta-se a carne de sol, escalda-se para tirar o excesso de sal, cozinha com bastante água e legumes, por fim coloca-se a nata;
• Torta de carne de sol (Mal assada) – carne de sol cozida, batida, temperada  e recheadas com a clara de ovos batidas em neve;
• Damurida: Caldo de carne de boi, de caça ou de peixe com molho de pimenta e verdura. É servida com beiju e farinha;
• Carne de sol regional – carne de sol desfiada e assado na chapa com cebola e manteiga;
• Torta de peixe bodó (cascudo) – carne de peixe cozida, temperada e recheada com claras de ovos batidas em neve;
Bolos/ sobremesas:
Bolo de macaxeira, Bolo de cupuaçu, Farinha de Tapioca, Bolo de Tapioca, Tapioca, Tapioca de coco, pé-de-moleque, castanha.
 Bebidas:
Suco de Buriti, vinho de Buriti, Suco de Açaí, Pajuarú, Caxiri, Aluá, Bacaba, Suco de Cupuaçu.

FOLCLORE

Podemos situar o folclore como ciência da cultura tradicional que estuda os aspectos da cultura popular expresso em crenças, costumes, mitos, lendas, música, poesia, provérbios, enfim, a sabedoria popular e anônima.
As manifestações folclóricas habitualmente nascem no seio de uma comunidade ou são oriundas de outras plagas que, circulando no meio do povo são por este aceitas, adaptadas e assimiladas como sua, tornando-se imemoriais.

Em termos de cultura folclórica Roraimense, não se pode fugir da análise dos elementos formadores básicos: Indígena, luso e Nordestino, que deram estrutura aos mitos e lendas, danças, folguedos, crenças, etc.
A cultura portuguesa e nordestina aqui introduzida pelos colonizadores desde o século XVIII, especialmente a última, teve grande influência nos costumes, no linguajar e em todas as demais manifestações culturais do povo. De modo que o folclore nordestino, com algumas variantes, naturalmente.
É válido acrescentar que, embora os nossos usos e costumes sejam o mesmo da Amazônia e semelhantes aos do Nordeste, constata-se, porém a existência de certas peculiaridades que são próprias da região.
Houve época em que as gerações mais antigas de Roraima cultivavam com cuidado as tradições folclóricas através da promoção de festas, cultos populares, saraus e folguedos infantis que além de serem meio espontâneo para a distração, serviam também para manter vivas as tradições da terra.
As festas religiosas eram os grandes eventos da época, especialmente as novenas de N.S do Carmo e de São Sebastião e por consequência os arraiais: muito prestigiados por toda população. No encerramento, um verdadeiro testemunho de fé: O povo inteiro rezando fervorosas preces acompanhavam o andor enfeitado de flores e rodeado de crianças vestidas de anjos. Os pagadores de promessas se apresentavam descalços, maltrapilhos, com potes e pedras sobre a cabeça, com velas acesas, ou trajando as vestes de um santo, geralmente São Sebastião.
Na quadra junina a pequena cidade tomava um ar festivo, se ornamentava para homenagear os santos do mês. Eram noites iluminadas por imensas fogueiras, com fogos de artifício cruzando o céu numa profusão de cores e de luz. Noites de milho verde, de canjica, pé-de-moleque, batata doce e mungunzá. Noites de adivinhações, de passar de compadre ao redor da fogueira. Noites de sanfoneiro, de dança de chote e quadrilha. Noites de boi-bumbá com vaqueiros e índios enfeitados e com suas figuras folclóricas: Catirina e Cazumbá. Noites de festas, de riso, de alegria contagiante.
Em Boa Vista são tradicionais as festas juninas com arraiais e as disputas das quadrilhas, em que os grupos, todos vestidos com roupas típicas, apresentam suas danças com coreografia retratando as festas do interior e histórias que relatam desde a conquista das damas pelo cavalheiro até o casamento, sempre mostrando o lado humorístico. Nos arraiais temos as comidas típicas como tacacá, paçoca, tapioca etc., e os jogos e brincadeiras como subir no pau de sebo e pescarias.